Muitas vezes somos surpreendidos por condutas superficiais na sociedade.
Um ato que precisa ser dito é o de que coletivamente, nos ultimos 5.000 anos diminuimos a área cinzenta do cérebro.
Pra não alardear essa realidade os cientistas desconversam... é antiético falar nesse tema.
Onde já se viu dizer que estamos emburrecendo...
Aproveito para deixar avisado que existem empresas especializadas em propagar burrices...a gente vai espalhar isso nos comentários, se você puxar o assunto. Quem promove a perda do poder de liberdade precisa ser denunciado... não compre produtos dessas empresas!
Pra quem quer saber mais sobre o cerebro que encolhe, experimente buscar as pesquisas egípcias da época da
construção da grande pirâmide.Um ato que precisa ser dito é o de que coletivamente, nos ultimos 5.000 anos diminuimos a área cinzenta do cérebro.
Pra não alardear essa realidade os cientistas desconversam... é antiético falar nesse tema.
Onde já se viu dizer que estamos emburrecendo...
Aproveito para deixar avisado que existem empresas especializadas em propagar burrices...a gente vai espalhar isso nos comentários, se você puxar o assunto. Quem promove a perda do poder de liberdade precisa ser denunciado... não compre produtos dessas empresas!
Pra quem quer saber mais sobre o cerebro que encolhe, experimente buscar as pesquisas egípcias da época da
Você vai perceber que o cranio era maior. Eles de fato, cientificamente falando, possuiam mais massa cinzenta...
Portanto com mais neurônios, podiam pensar mais que nós.
O primeiro efeito do encolhimento foi a nossa incapacidade de "saber como fizeram" aquela grande obra.
Os idiotas tentam pensar, mas não reconhecem os fatos óbvios.
Fomos e continuamos todos a ser dominados pelo encolhimento global... esse efeito começa na nossa diminuiçõ de capacidades de discernimento real...
Cada vez temos mais coisas para nos ocupar e cada vez menos profundidade nelas...
Esse projeto mental coloca mais poder na mão de poucos e menos saber na cabeça de muitos.
Você pensa que "sabe"...mas apenas conhece de vista.
Nesse contexto, quero colocar a voce uma luzinha nesse assunto para ajudar voce a despertar.
O texto a seguir nos ajuda a discernir algumas das verdades do porque o mundo anda tão caótico e tantas pessoas andam ficando tão emburrecidas...
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"Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.
Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam....
Logo a seguir encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula á tarde'.
Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais
tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei.
'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada.
Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'
Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.
Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito.
Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'.
'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!'
Mas como fica a questão da subjetividade?
Da espiritualidade?
Da ociosidade amorosa?
Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra!
Mas como fica a questão da subjetividade?
Da espiritualidade?
Da ociosidade amorosa?
Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra!
Tudo é virtual.
Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...
A palavra hoje é 'entretenimento' ; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o(a) apresentador(a), imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela.
Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega!
Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista, ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose. O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são
indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não
se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...
Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista.
Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas.
Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...
Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando
vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:
indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não
se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...
Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista.
Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas.
Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...
Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando
vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:
- "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz !"
Título original:
Do Mundo Virtual ao Espiritual
Autoria: Frei Betto."
Autoria: Frei Betto."
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