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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Livre-se dos camelos loucos

Amigos,

Vivemos um tempo extraordinário onde os valores sociais nos desafiam a imaginar o novo.

O mundo passa por grandes transformações, impérios renascem, impérios desabam e impérios despertam.

Nunca, em tempo algum, o Brasil chamou tanto a atenção internacional quanto agora. Nunca tivemos tantas perspectivas de assumir a liderança político-econômica mundial como em nossos dias. Isto é o resultado de uma semente plantada junto com a doma da inflação.

Não se iludam. A colheita sempre depende de uma semente, e a semente é costumeiramente menor do que a planta adulta.

No meio do caminho, oportunistas tentam dizer que plantaram a árvore. Mas quando ela era estaqueada, estes oportunistas só faziam arruaça.

Por conta dos falsários, nunca tivemos tantas provas de incompetência legislativa como nesta atualidade.

Neste abençoado país, pagamos as mais altas taxas de imposto do planeta... e a despeito disto, temos um dos mais desprezíveis sistemas de administração pública mundial.


Há portanto, a necessidade de imaginarmos meios de expurgar este veneno de nossa nação, lhe acondicionando na dignidade que merecemos ter para nós, nossos filhos, netos e bisnetos!

Recentemente, assistindo a um filme brasileiro, um ator representava um professor de história onde ele dizia que a população carcerária do Brasil dobra a cada 8 anos. Ele também afirmou que a população do Brasil dobra de tamanho a cada 50 anos. Nestes termos, ele traçou um gráfico em que há um impressionante dado:

Em 2081 (persistindo estas tendências) 90% da população brasileira estará encarcerada.

Claro que isto é uma abstração, mas nos mostra a gravidade inquietante da questão. A permissividade já ultrapassou o limite do tolerável!

A maioria do povo, a maioria de nós, não é composta de criminosos.

A maioria das pessoas não usa armas para ir ao trabalho ou atravessar a rua.

A maioria gosta de sentir protegida em um sociedade justa e com direitos iguais.

A maioria quer ganhar muito dinheiro, e assim fazendo, não se importa em doar uma parte considerável para construção de uma nação digna.

Em nossos tempos, devemos admitir que muitas conquistas foram feitas, à custa dos pedidos de liberdade pós ditadura. Muitas portas, todavia, foram de tal forma escancaradas, que pessoas de índole criminal foram perdoadas como se fossem meros meliantes políticos.

Então, com o poder manipulativo da mídia, traficantes de almas, traficantes de ideais comunistas, traficantes de entorpecentes e traficantes de corrupção ativa passaram a governar nossa nação.

Toda pessoa digna que tente governar, de imediato é cercada por marginais de terno e gravata, fato que impede a preponderância do que é louvável!

Sem poder agir, a população assiste, com inegável horror pelos que conhecem as razões, o crescente desvirtuamento dos nobres ideais.

Em toda colheita existe sempre uma semente. Então, podemos dizer que se estamos atrás de Ghana em termos de corrupção, é porque somos agricultores políticos muito relapsos.

Temos um sistema que trabalha com máquinas sofisticadas para contar votos e revelar, exatamente, com nome, idade, local de residência e escolha política do votante.

Isto se chama "voto eletrônico".

Este sistema faz apologia a um "controle total" do governo... nosso governo.

Mas o nosso governo, que precisa trabalhar para nós, os que contratam e pagam (caríssimo) pelo serviço, não serve aos nossos ideais. Ele é como um camelo ladrão, que depois de beber da água da cisterna, morde o dono e vai para o deserto levando embora todas as riquezas dos mercadores.




E para impedir isto, amigos, precisamos amarrar os camelos loucos, e em alguns casos, precisaremos trocar de camelo.


Quando plantamos idéias, elas são como sementinhas de plantas.

Uma boa idéia pode ser como uma frágil semente. se ela cai dentro do mar, pode morrer. Se cai na areia da praia, o mar leva embora, se cai na pedra quente, o sol a destrói... a idéia precisa cair no lugar certo.

E o melhor lugar para isto é em um canteiro protegido, um mudário.

Eu gostaria que você escrevesse sua idéia aqui. Escreva o que você acha que está errado no Brasil que você vê todos os dias... e junto com a crítica, escreva como você acredita que seria a solução. Escreva sem medo, escreva do seu jeito.

A gente ouve milhões de pessoas falando em problemas. A gente não ouve tantas propondo soluções.

As pessoas ruins se revestem de poderes e adquirem emissoras de rádio e tv e jornais. Elas continuam sendo as mesmas pessoas ruins. Verdadeiras ratazanas do poder, agora com um enorme, desculpe o termo, “merdafone” na boca. Então, se queremos derrubar isto, precisamos observar como elas agem.


Observe: 98% da mídia se dedica a falar de coisas ruins.

O objetivo disto É BANALIZAR o mal.

Se você assiste a TV aberta brasileira, acaba por acreditar em vampiros universais do reino do mal, em assassinos, estripadores, estupradores e em ausência de esperança... e sua CRENÇA é uma semente!

Este desconsolo alimenta o plantio de novos e mais temíveis criminosos para usurparem os mais dignos lugares da pátria.

É exatamente desta forma que ex assaltantes de banco assassinos conseguem se eleger, é exatamente desta forma que apologistas de drogas conseguem se eleger, é exatamente desta forma que ladrões e bandidos de toda laia se candidatam, e são eleitos.

Para mudar isto é preciso fazer como se faz na agricultura.

Primeiro a gente cria um mudário.
Depois seleciona as sementes.
Depois a gente revira a terra.
Quando as mudas estão no ponto, a gente as transplanta.
E finalmente, vem a colheita!

O mudário começa aqui.
Vamos! selecione o problema e escreva qual a semente capaz de solucioná-lo!

A seleção das idéias nos permite condensar idéias semelhantes no mesmo plano de semeadura. Isto será feito depois de obtermos as idéias!

Revirar a terra é criar uma série bem grande de abaixo assinados...todos integrados a um único objetivo.

Imagine por exemplo, uma pauta com 50 idéias geniais,. cada uma com 10 milhões de assinaturas exigindo que o congresso vote e aceite a vontade popular! Eu imagino que um combo de abaixo assinados pode ser espalhado pelo twitter e ser inclusive, internacionalizado. Há coisas que todos execramos, e creio que isto é unânime quando vemos um político ganhar salário milionário para simplesmente nos roubar. Então, pela expulsão das corjas de bandidos, sim, podemos nos unir e revirar a terra! A democracia permite estes atos!

Transplantar as mudas?

Este é um momento crítico! Se a virada da terra foi um sucesso, o congresso e o senado tem de votar! É lei! Eles são pagos para servir à vontade popular! Mas nada os obriga a concordar conosco. E é exatamente neste ponto que precisamos ser fortes. O transplante é o momento onde é preciso que todo o povo faça o que deve ser feito... se preciso, greve geral, até que eles saibam QUEM realmente manda neste país! Você, eu, cada um de nós, é o governo do Brasil! Assim, no momento de exigir o cumprimento de responsabilidades políticas, nós somos os patrões!

É preciso dizer que a fase do transplante exige um acompanhamento. É preciso regar as plantinhas. É preciso colocar espantalhos e telas para afastar as pragas.

Fazendo este ritual, teremos a colheita. E será a colheita do que a maioria quer. A maioria deve definir a forma como o governo vai trabalhar. A maioria deve definir quanto o governo poderá ganhar, e como deverá gastar.


O futuro do Brasil está em suas mãos...em minhas mãos, nas mãos de todos os que desejem colher o melhor!

Como ser feliz sozinho


Certa vez Tom Jobim disse em sua canção: "É impossível ser feliz sozinho". Mas sua visão era poética, e como em toda poesia, o romantismo e o sofrimento se fazem presentes para expressar um estado melancólico do ser. Afinal, qual é a boa poesia que trata da felicidade sem dramas?







Como ser feliz sozinho quando tudo o que se quer é ser amado? O princípio textual da questão já traz a própria resposta em si. Ao perguntarmos dessa maneira, estamos justamente impondo uma condição para a felicidade, tornando-a uma moeda de troca. Assim, a felicidade só pode vir quando agimos de determinada maneira. Essa é uma característica mental de enxergar o que é ser feliz, e sua relação está presente na satisfação, não na felicidade.




como é a maneira pela qual podemos alcançar a felicidade, de modo que ela seria algo externo, uma meta, um lugar a ser alcançado. Quando dizemos que tudo o queremos é sermos amados, estamos nos tornando apenas mendigos, implorando por amor, implorando por algo que não temos. Se tivéssemos amor, não precisaríamos querer ser amados. Se amássemos a nós mesmos, não precisaríamos ser amados. E justamente por não amarmos a nós mesmos, é que somos incapazes de amar a outrem.

Então a questão de carência de amor tem uma extensão caótica, pois que o amor que necessitados é o amor que não podemos dar. Eis então o porquê de nos sentirmos tão desolados e sozinhos. Não podemos suprir outras pessoas se não suprimos a nós mesmos.

Mas a solidão mencionada só pode ser sentida quando não existe esse amor próprio. Estar sozinho não constitui solidão e tristeza, apenas o sentimento de carência pode constituí-la. Podemos estar entre dezenas de pessoas e mesmo assim nos sentirmos sozinhos.

Como podemos ser felizes sozinhos? Ora, a pergunta já não se sustenta mais, pois que na verdade só é possível ser feliz quando estamos sozinhos. Não existe outra forma.

A felicidade não depende de uma condição. Deste modo, querer ter alguém do lado para tentar ser feliz já descarta todas as possibilidades, pois que se criou uma imagem de felicidade relativa a esta pessoa. Portanto, sem esta, a felicidade torna-se impossível. Não se trata de felicidade, trata-se de satisfação e conforto.

Se você só é feliz com sua esposa, o que acontecerá se o casamento acabar? Se você só é feliz com seu marido, o que acontecerá se ele vier a falecer? Se você só é feliz com seus filhos, o que acontecerá se eles saírem de casa? A felicidade não existe como condição.
O estado de felicidade só pode ser experenciado sozinho, pois o que sentimos não pode ser compartilhado já que estamos segregados. Podemos tentar expressá-lo, podemos tentar dar referências, podemos até nos iludir achando que tudo isso funciona, mas o que é nosso, de nosso interior, não pode estar no coração de terceiros, a menos que eles também cheguem ao mesmo estado por si mesmos. Contudo, mesmo nesses casos, as experiências diferem.

Pois a felicidade não pode ser imposta, não pode ser dada, não pode ser ensinada. Quando queremos compartilhá-la, pois que a felicidade sempre nos traz o sentimento de fraternidade, o que fazemos é apenas mostrar a outras pessoas uma faísca daquilo que sentimos. Por mais que nos esforcemos, nunca a outra pessoa saberá o que está em nossos corações.


Quem está feliz não se sente sozinho; quem ama e respeita a si próprio, nunca se sente sozinho, pois não há carências, não há condições, não há dependências. Então, inevitavelmente a felicidade alcançada na solidão de nós mesmos já destrói a própria solidão.






Não queira ser feliz com outra pessoa; apenas queira ser feliz onde você está. Há coisas na vida que são maravilhosas de serem compartilhadas, mas sua maioria tem origem primeiro em nós mesmos. Se a felicidade não está presente quando estamos sozinhos, como poderemos compartilhá-la com outras pessoas?

Seja feliz em seu próprio centro. Pura felicidade, sem condições, sem crenças, sem ferramentas, sem "comos" e "porquês". Apenas experencie isso. Aí sim você estará pronto para compartilhá-la com o mundo.

Autoria: Marcos Keld

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Carpe Diem

O grande desafio humano, nestes dias de aridez existencial, é conseguir acessar um nível de experiência de vida que lhe seja satisfatória. A luta contra o tédio e a melancolia, e ao mesmo tempo, a busca por um estilo de vida embuído de significado e propósito constituem-se na luta acirrada do homem e da mulher contemporâneos.

Isso me faz lembrar da história de um grupo de alunos de uma conceituada escola preparatória dos EUA. Ela foi contada no filme “A Sociedade dos Poetas Mortos”. Tudo começa quando o professor John Keating, estrelado pelo ator Robin Willians, substitui outro professor na disciplina de literatura. Na primeira aula Keating, para o espanto dos alunos, chama a todos para fora da sala e os leva a um hall onde se encontravam vários quadros com o retrato de turmas que já tinham passado pela escola. Keating começa a ministrar àquele grupo de rapazes desconfiados o legado que o olhar e a fisionomia daqueles estudantes antigos lhes queria transmitir. E o legado era “Carpe Diem”.

Antes disso o professor já lhes havia introduzido ao significado desta frase “Carpe Diem”. Trata-se de duas palavras em latim que significavam “aproveite o dia”. Keating surpreende aquele grupo de adolescentes, que a princípio não estava entendendo muita coisa, lhes dizendo que os alunos imortalizados naquelas fotos lhes transmitiam seu legado: “Carpe diem! Aproveitem o dia, rapazes! Fçam de suas vidas algo extraordinário”. Bem, não vou contar o restante do filme, pois, se você ainda não o assistiu, encorajo-o a fazê-lo.

Carpe Diem é o próprio grito de guerra daqueles que não se resignam a viver vidas superficiais e diminuídas. É o estandarte que os que buscam agregar valor e propósito à existência carregam. Crape Diem é o lema dos que lutam contra o tédio e a melancolia. Voltando ao filme, Carpe Diem é a grande descoberta que cada um daqueles jovens vai fazendo acerca da própria vida nas suas multiformes dimensões: amizade, amores, personalidade, vocação etc. Carpe Diem é a grande descoberta da vida deles.

Confesso que da minha também foi. O filme me impactou para sempre. Contudo, esta não foi a minha maior surpresa em relação a este conceito de carpe diem. Ó! Quão grande foi meu susto quando descobri que a Bíblia, a milhares de anos atrás, já descobrira que a vida é algo feito para ser o mais extraordinário possível. Que se pode, sim, alçar um vôo acima das densas nuvens tempestuosas da mediocridade. E avistar um céu limpo de possibilidades e esperança.

O livro de Eclesiastes, em especial, nos conduz por esta releitura da vida. Isso não significa que ele a mascare amenizando assim a realidade. Não, pelo contrário. Eclesiastes mostra como a vida realmente é: uma sucessão de acontecimentos repetitivos, cíclicos que parecem nos levar sempre para o mesmo lugar. Esta aparente “mesmice” é de onde se origina o tédio e a melancolia que tanto tem caracterizado a saga humana por estes séculos.

Eclesiastes faz parte na bíblia do bloco dos escritos sapienciais. A sabedoria de viver é o assunto principal destes escritos. No salmo 90, atribuído a Moisés, lemos o seguinte no verso 12:

“Ensina-nos a contar nossos dias para que alcancemos coração sábio”

Para o judeu há basicamente uma grande diferença entre sabedoria e inteligência. Esta trata meramente da intelectualidade, da quantidade de informação comportada no cérebro, enquanto aquela tem a ver com a experiência adquirida com o passar dos dias que acabam por nos ensinar a viver, e a viver bem. Logo, isso é sabedoria: a arte de viver bem. Simplificando, este é o pedido de Moisés a Deus: Senhor, ensina-nos a vivermos com qualidade, com significado e com propósito. Mostra-nos como fazer da vida algo extraordinário”. Carpe Diem!!! É disso que Moisés está tratando. Não é incrível!?

Voltando ao livro de Eclesiastes, é exatamente sobre isso que ele nos instrui. A como vivermos com qualidade e com significado em meio às desventuras desta vida repetitiva. O desafio de encontrar singularidade e profundidade na rotina do cotidiano. Há um capítulo que, de forma especial, nos faz este convite. Este é o capítulo 9, mas especificamente os versos de 7 a 10:

(7)“Vai e come com alegria o teu pão e bebe o teu vinho com coração contente; pois há muito tempo Deus se agradou do que tu fazes.

(8) Sejam as tuas vestes sempre bem cuidadas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.

(9) Desfruta a vida com a mulher que amas todos os dias desta vida de ilusão, que Deus te deu debaixo do sol, sim em todos os dias da tua vida de ilusão. Porque essa é a tua recompensa nesta vida pelo trabalho que fazes debaixo do sol.

(10) Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o com todas as tuas forças, porque na sepultura, para onde vais, não há trabalho, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria.”

Nestas breves sentenças destilam princípios que nos ajudam a extrair da vida, a despeito dos entraves, todo seu potencial criador. São atitudes práticas que nos farão conectar com esta sabedoria que desemboca em águas profundas.

Primeiramente, devemos aprender a nos alegrar com as coisas simples desta vida. Isso é descrito nas palavras do verso 7 - “Vai e come com alegria o teu pão e bebe o teu vinho com coração contente”. Alcançar alegria e contentamento nas coisas simples e efêmeras: eis o grande desafio. Isso é substancialmente o contrário do que a sociedade tem feito as pessoas acreditar. Que é necessário ter muito para que se seja feliz. Que a essência da vida está nas grandes coisas, nos grandes momentos, nos grande lugares. Quando necessariamente isso não é verdade. Somos uma geração de pessoas que desaprenderão a saborear os pequenos momentos. Isso fica bem claro quando pensamos em como nos alimentamos. Nos esquecemos que a boca não foi feita apenas para que o alimento entre no nosso corpo, mas, também para que experimentemos o prazer que o sabor dos mesmos nos proporcionam. Porém, a pressa destes dias nos leva a a engolirmos a comida em meio a garfadas de ritmo frenético. Sem ao menos dar espaço para que a alegria e a gratidão surjam entre elas. Definitivamente a vida não é complicada. Nós é que a tornamos com nossa sede doentia por glamour e compexidade. Simplificar os dias celebrando as coisas simples que Deus coloca diante de nós, é o segredo da felicidade perene.

Em segundo, necessitamos aprender também a nos alegrar com as coisas simples da vida, desfrutando-as ao lado das pessoas que amamos. O verso 9 nos exorta a fazer isso - Desfruta a vida com a mulher que amas todos os dias desta vida de ilusão, que Deus te deu debaixo do sol”. A “mulher que amas” simboliza toda a gama de pessoas cuja vida e presença são significativas para nós. Devemos, a cada momento nos fazer a seguinte pergunta: Onde estão as pessoas que eu amo e que me amam também? As coisas ordinárias da vida ganham seu significado pleno quando compartilhadas com alguém, principalmente com pessoas com quem temos laços afetivos profundos. Infelizmente vivemos numa sociedade individualista onde o ser humano se sente cada vez mais solitário em meio à multidão. Esta mesma sociedade nos desencoraja na busca de fomentarmos relacionamentos profundos e duradouros. Sair de dentro desta casca isolante é que é o nosso grande desafio. Tendo isso em mente é que devemos lutar para firmar amizades que já temos e nos abrir para cultivarmos novas. Amizades verdadeiras vão além de encontros esporádicos em meio a festas de conhecidos em comum e conversas cibernéticas diante do monitos de um computador. Amizade é gastar tempo juntos, mesmo que seja o mínimo. É via de mão dupla: dar e receber. Amizade significa compartilhar vida. Quantos amigos você tem? A quanto tempo não os visita? Igualmente, e nem por isso menos importante, devemos também investir em momentos com a família. Família aqui num sentido mais geral do termo. Na sociedade individualista e isolacionista dos dias de hoje, somos, com frequência, convidados a nos enconder por detrás de nossas atividades como trabalho, cursos, afazeres domésticos, robs pessoais etc. E na grande maioria das vezes, inexoravelmente, estas coisas nos afastam, porque lhe tomam o lugar, da família. Contudo, devemos esmurrar e lutar para abrir buracos em nossa agenda criando, assim, tempo para estarmos juntos com nossos queridos. Talvez amanhã seja tarde demais para dizer “te amo”.







Por último temos uma urgência enorme em aprender a viver com intensidade cada pequeno momento da vida, emprestando-lhes plenitude de significado. O sábio em Eclesiastes assim nos diz no verso 10 - “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o com todas as tuas forças”. Ou seja viva intensamente cada momento. E isso um de cada vez. No entanto, extrair a plenitude de significado dos pequenos e ordinários momentos que a vida nos proporciona, não significa nos deixar afogar ou ser atropledos por eles.

Um bom conselho para isso é viver um dia de cada vez. Estar totalmente presente no momento. Infelizmente vivemos em meio a uma sociedade pré – ocupada. Ou seja, pessoas que são viciadas em sofrer por antecedência. E com isso acabam abrindo suas vidas para a ansiedade, o medo e todo tipo de síndromes fobíticas e patologias auto-causadas. Não é a toa que os níveis de estresse em nossa sociedade estão altíssimos. Enquanto que as doenças cardio respiratórias e cardio vasculares se multiplicam. Contudo, podemos escapar deste quadro. E a grande notícia é que não precisamos esperar os chamados grandes momentos da vida como casamentos, nascimentos, festes de aniversário, para vivermos com intensidade de significado. Basta apenas que aprendamos a estarmos abertos e receptivos áquilo que nos é oferecido por detrás destes milhares de pequenos momentos do cotidiano. Assim, um almoço com amigos, uma visita a um parente querido, o abraço carinhoso de um filho, um passeio em família podem tornar-se verdadeiros sacramentos onde nos é oferecido algo que transcende o meramente humano e natural. Basta que nos entreguemos e vivenciemos com jubilosa alegria estes momentos que são verdadeiros milagres do comum.

É verdade! A vida algumas vezes é difícil, ária, sofrida. Cheia de dores, perdas e obstáculos. Todavia quem disse que ela tem de ser amarga, feia e sem sentido? Ver um sorriso na vida, ou não, só depende nós. Basta que resgatemos o valor das pequenas coisas. Que as desfrutemos na companhia de pessoas a quem amamos e que estes momentos sejam experienciados na sua plenitude de propósito e significado. Somente isso já basta. Assim veremos que Carpe Diem é algo mais do que parte do enredo de um bom filme. Trata-se da própria alegria da descoberta de que a vida foi feita para ser algo extraordinário. Que fomos feitos para algo a mais do que simplesmente virar comida de vermes.

“Eu vim para que tenham vida, e a tenham com PLENITUDE”

(Jesus Cristo – João 10:10b)

agradecimentos à amiga Ceciliana Rocha

terça-feira, 29 de julho de 2014

Ele vive e age nos momentos certos

O camarada vestido de branco


Ainda que pareça inverossímil, o Adorável Salvador do Mundo esteve trabalhando como enfermeiro nos campos de batalha, durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.

Vamos transcrever o comovente relato de dom Mario Roso de Luna, o insigne escritor teosófico. Este relato o encontramos no Livro que Mata a Morte ou o Livro dos Jinas, obra formidável de dom Mario. Vejamos:

“Estranhas narrações legavam a nós nas trincheiras. Ao longo da linha de 300 milhas que há desde a Suíça até o mar, corriam certos rumores, cuja origem e veracidade nós ignorávamos. Iam e vinham com rapidez, e recordo o momento em que meu companheiro Jorge Casay, dirigindo-me uma mirada estranha com seus olhos azuis, perguntou-me se eu havia visto ao “amigo dos feridos” e então me explicou o que sabia a respeito do particular.
Disse-me que, depois de muitos violentos combates, havia visto um homem vestido de branco inclinando-se sobre os feridos. As balas se acercavam dele, as granadas caíam a seu redor, porém nada tinha poder para tocá-lo. Ele era um herói superior a todos os heróis, ou algo mais grande todavia.

Este misterioso personagem, a quem os franceses chamavam de O Camarada Vestido de Branco, parecia estar em todas as partes: em Nancy, em Argona, em Soissons, em Iprés… onde quer que houvesse homens falando, ali ele era mencionado.

Alguns, sem embargo, sorriam dizendo que as trincheiras faziam efeito nos nervos dos homens. Eu com frequência era descuidado em minha conversação, exclamava que para crer tinha de ver, e que necessitava da ajuda de um machado germânico que me fizesse cair por terra, ferido.

Ao dia seguinte os acontecimentos se sucederam, com grande vivacidade nesse pedaço do front. Nossos grandes canhões rugiram desde o amanhecer até a noite, e começaram de novo pela manhã. Ao meio-dia recebemos ordem de tomar as trincheiras de nosso front. Essas se achavam a 200 jardas e nem bem havíamos partido, compreendemos que nossos grossos canhões haviam falhado na preparação.

Necesitava-se de um coração de aço para marchar adiante, porém, nenhum homem vacilou. Havíamos avançado 150 jardas quando compreendemos que íamos mal. Nosso capitão ordenou nos escondermos, então precisamente fui ferido em ambas as pernas. Por misericórdia divina caí dentro de um poço.

Suponho que desmaiei, porque quando abri os olhos me encontrei só. Minha dor era horrível; porém, não me atrevi a mover-me para que os alemães não me vissem, pois estava a 50 jardas de distância, e não esperava que se apiedassem de mim. Senti alegria quando começou a anoitecer.

Havia junto de mim alguns homens que estavam passando perigo na escuridão, se tivesse pensado que um camarada estava vivo ainda. Caiu a noite e prontamente ouvi umas passadas não furtivas, senão firmes e bem respousadas, como se nem a obscuridão nem a morte pudessem alterar o sossego daqueles pés.

Tão distante estava eu de suspeitar quem fosse o que se aproximava de mim, ainda que percebi a claridade a claridade da algo branco na obscuridade, pensei que era alguma pessoa usando uma simples camisa branca, e até me ocorreu ser uma mulher demente.

Mais de improviso, com um ligeiro estremecimento, que não sei se ffoi de alegria ou terror, caí em conta que se tratava do Camarada Vestido de Branco, e naquele mesmo instante os fuzis alemães começaram a disparar as balas, e elas tão somente erravam o alvo branco, pois Ele levantou seus braços como em súplica e, logo os retraiu, ficando como uma dessas cruzes que tão frequentemente se vêem nas encruzilhadas das estradas francesas. Então falou. Suas palavras me pareciam familiares, porém tudo oque eu recordo foi a princípio: ‘Sim, tu tens conhecido’. ‘E o Fim.’ ‘Porém eles estão ocultos a teus olhos.’

Então, inclinou-se, colheu-me em seus braços (a mim, que sou o homem mais corpulento do regimento), e me transportou como a uma criança. Suponho que adormeci, porque quando despertei, este sentimento havia-se dissipado. Eu era um homem e desejava saber o que podia fazer por meu amigo para ajudá-lo e servi-lo.

Ele estava mirando e, direção ao crepúsculo, e suas mãos estavam juntas, como se orasse, e então vi que Ele também estava ferido. Acreditei ver como uma ferida desgarrada em sua mão, e conforme orava, formou-se uma gota de sangue que caiu na terra. Lancei um grito sem poder remediar, porque aquela ferida me pareceu mais horrorosa que as que eu havia visto nesta amarga guerra.

‘Estais ferido também’, disse eu com timidez, quiçá me ouviu, quiçá o adivinhou em meu semblante, porém contestou gentilmente: ‘Esta é uma antiga ferida, porém tem me incomodado faz pouco tempo’. E, então, notei com pena, que a mesma cruel marca aparecia em seu pé.

Vai causar  admiração que eu não tivesse me dado conta antes. Eu mesmo me admirei. Porém, quando eu vi seu pé, o conheci: ‘O Cristo Vivo!’ Eu havia ouvido do Capelão umas semanas antes, porém agora compreendi que Ele havia vindo para mim, que o havia distanciado de minha vida na ardente febre de minha juventude.

Eu ansiava falar-lhe e dar-lhe as graças, porém me faltavam as palavras e então Ele se levantou e me disse: ‘Fica hoje ao lado da água. Eu virei a ti amanhã. Tenho algum trabalho para que faças por mim’. Em um momento marchou. E enquanto o espero, escrevo para não perder a memória dele. Sinto-me débil e só, e minha dor aumenta. Porém, tenho sua promessa, eu sei que Ele virá amanhã por mim.”

Até aqui, o relato de um soldado, transcrito por Dom Mario Roso de luna, em seu Livro que Mata a Morte. Este fato concreto está demonstrando até a saciedade que Jesus ainda vive com o mesmo corpo físico que usou na Terra Santa.

Samael Aun Weor, Mensagem de Aquário.



agradecimentos à amiga Angela Soares

Caminhos da vida

Todo empreendimento, do mais simples, como o preparo de uma refeição ou a realização de uma viagem, ao mais complexos como o projeto de uma Transamazônica ou da produção de energia nuclear, requer um direcionamento racional, coerente e bem definido. Isto é necessário para evitar ao máximo possível os diversos transtornos causados por imprevistos, e bem assim os resultados indesejáveis.






Se os assuntos comuns já exigem tal responsabilidade, o que poderíamos dizer da vida, a razão existencial pessoal e  transcendental de nossa natureza.

O convite à existência foi feito, e nós o aceitamos. Fomos criados a partir de um sopro do desejo divinal. Agora, viver bem depende de nossas escolhas dentro das faculdades a nós concedidas. É o nosso livre arbítrio quem realiza as opções de nosso desenvolvimento.

Cabe portanto, a cada um de nós, optar conscientemente pelo sentido que deve dar à sua vida. Tudo se inicia com as perguntas certas.

Quem sou eu?
De onde eu vim?
Por quê estou aqui?
Onde estive "antes" e onde estarei "depois" desta existência?
Qual é o melhor caminho a seguir?

Dispomos certamente de excelentes parâmetros para decidir sobre o melhor sentido de vida, se desejamos viver da melhor maneira possível.

A humanidade conserva tesouros inestimáveis dos diversos povos. As leis naturais, os códigos de conduta religiosa, os pilares éticos e morais superiores, as conquistas científicas nos campos do desenvolvimento quântico...

Estamos vivendo um momento onde, conjugando tudo, podemos aceitar aquela frase oriental onde se diz:

"O Universo inteiro lhe pertence. Pegue tudo o que desejar, mas não se esqueça de pagar a conta na saida"

Em outras palavras, estamos com todos os alimentos sobre a mesa, e estes alimentos são provenientes de uma colheita, uma farta colheita de tudo o que há no Universo.


Como toda colheita é o resultado de um prévio cultivo, devemos estar atentos, pois a festa só continuará para os convidados aptos a financiarem o novo plantio.

Me parece bastante lógica esta posição, e pode ser comparada com a parábola do bom semeador, no cristianismo.

Jogam-se sementes em esforço contínuo, porque muitas vezes (como na agricultura), o investimento tem dificuldades em se multiplicar. Mas quando multiplica, alimenta muito mais do que a fome do semeador.... alimenta a própria humanidade.

Estabelecido assim, de maneira lúcida e consciente, o sentido certo para a vida que desejamos,o trabalho em semear já não deixa margem para dúvidas, incertezas, depressões. Devemos nos ocupar com o bem, isto sim preenche as lacunas e impede o desnorteio vital.

Já faz tempo que nos foram cedidas as bússolas e os sextantes. Ninguém pode dizer que desconhece os meios de encontrar o melhor caminho... e tampouco, minguém pode ser considerado cego a ponto de desconhecer a redenção da Luz.

Uma vez reconhecido esse direcionamento de vida, precisamos a ele nos engajar de fato. A idéia precisa se concretizar. como o que ocorre na comunhão entre o pensar e o agir.

Viver cada dia com consciência estabelece um roteiro de conquistas. Devemos observar o que somos, comparar com o que fomos e inserir condutas práticas para o que desejamos ser. 

Nossos defeitos devem estar no mapa, nos limites de nossas ações, pois por menores que pareçam, estes apontam imperfeições muito maiores na materialização dos eventos.  Notadamente, o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a presunção, a intolerância, a inveja e a indiferença são páreos difíceis para o nosso caminho de auto superações.

Ao reconhecermos a origem de nossa bagagem nos tornamos aptos a ir esvaziando o peso para a facilitação da jornada. É claro que não podemos (e nem devemos tentar) apagar a história de nossa vida. A questão é simplesmente atualizar os fatos. Façamos como um jornal de notícias, vamos irradiar as notícias que gostaríamos de ser, não aquelas que estiveram presentes em nosso passado. Vamos publicar Luzes, publicar sentimentos, idéias, pensamentos e atitudes grandiosos.

Um bom direcionamento de vida não significa dogmatizarmos as crenças, não é esta rigidez quem define o acerto.

As regras devem contemplar o respeito evolucional de todos os seres que passaram, estão passando e hão de passar por este Universo, incluindo aqueles que não podemos ver.



Toda pessoa que caminha na direção de um ideal de vida superior estabelece um foco além das picuinhas do dia a dia. Ela sente-se mais segura com a percepção de que é parte de um Todo e, desta forma consegue melhor usufruir dos pequenos prazeres que a vida lhe proporciona sem infundadas ilusões. A razão última de estarmos aqui é aprendermos o sentido real da felicidade e disto, fazermos felizes aqueles com os quais coexistimos.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A genialidade de Camille Claudel

O Romantismo, nascido em fins do Século 18, não foi um estilo, foi mais uma atitude existencial e uma reação ante a ditadura racionalista imposta pelo chamado Século das Luzes.
Para os românticos, junto com o culto ao onipresente, se impõe os valores intrínsecos da subjetividade: a emoção, o sentimento e a imaginação.
Ao festival industrialista de sua época, se opuseram o culto à natureza – e o culto aos antigos deuses – e perfilaram, involuntariamente a chamada consciência desventurada. Ser infeliz era ser digno. Somente um indigno podia ser feliz ante um mundo que avançava em busca da própria perdição.
Nesse bloco de desventurados que se inclui a escultora Camille Claudel, irmã do poeta Paul Claudel, revelando a profundidade do romantismo sofrido, tanto em sua obra como em sua vida. (AS)









A artista, nascida em 1864, é mais conhecida por sua vida atribulada que por seu trabalho. Aos 19 anos, conhece Auguste Rodin, 24 anos mais velho que ela, escultor já consagrado, que se torna seu mestre e amante. 
Um amor ardente e secreto se prolongará por dez anos, muito embora Rodin nunca abandonará sua primeira amante, Rose Beuret, com a qual finalmente se casará em 1917.
Camille vive certa efêmera fama, graças ao apoio de Rodin, expondo em salões e participando de tertúlias em casa de Mallarmé e de Jules Renard, admiradores de seu trabalho.

Quando Rodin retorna em definitivo e totalmente ao seu antigo amor, começa a tragédia de Camille, que se fecha em seu estúdio e se entrega a uma solidão obsessiva, caracterizada pela pobreza e pela ruína física e mental. Só sai às noites.

A dor do abandono

Sua vida está relacionada à de Rodin até 1898, ano em que se separaram. A partir de 1906, arremete contra sua obra, destruindo grande parte de sua produção, numa espécie de exorcismo, como uma forma de livrar-se daquilo que ainda a vinculava ao homem amado e com a obsessiva dor do abandono, gravado em uma de suas esculturas.

Em 10 de março de 1913, por ordem de sua mãe (que mãe hein!, conheci uma parecida) e de seu irmão (que irmão!), ela é internada em um asilo de loucos em Ville-Evrard e, um ano depois, transferida para o hospital psiquiátrico de Montdevergues, que lhe dará abrigo até sua morte, trinta anos depois.

O Desprezo da Família

Não se encerra aí a desdita de Camille. Sua mãe jamais irá visitá-la e rechaça, firmemente, o conselho dos médicos para levá-la de volta ao lar. * depois dizem que família é tudo...
Seu irmão, Paul Claudel, além de próspero, fortalece-se politicamente, ao tornar-se embaixador da França. Não obstante, se nega, em 1933, a pagar-lhe uma pensão hospitalar. Nos 30 anos de internação, Paul a visita umas poucas vezes e nada faz para amenizar o sofrimento de Camille, apesar das cartas suplicantes que esta lhe envia, narrando as condições sub-humanas em que vive.

O Fim sem Glória

Rodin, por sua parte, envia-lhe algum dinheiro, expõe algumas das esculturas de Camille que sobreviveram à destruição, mas nada faz para liberá-la do hospital. De toda maneira, qualquer iniciativa sua seria obstada pela mãe de Camille, que o considera culpado pela ruína e loucura de sua filha.

Camille Claudel morre em sua prisão psiquiátrica em 1943, com a idade de 78 anos. Esquecida do mundo, morre sem glória, sendo enterrada, anonimamente, em uma vala comum.

Camille Claudel passou a ser mais conhecida do grande público quando a bela Isabelle Adjani a interpretou no filme "Camille Claudel", do diretor Bruno Nuytten. O longa mostrou ao mundo o drama de uma mulher que, pouco compreendida em seu tempo, foi condenada ao isolamento e, castigo pior, ao esquecimento. Aprendiz, amante e rival de um ícone da arte, Auguste Rodin, Camille durante décadas ou foi ignorada ou existiu somente à margem de seu grande mentor. 
Nem mesmo uma retrospectiva de sua obra, realizada em 1951, no Museu Rodin teve sucesso. Somente em 1984, na mesma instituição, outra exposição finalmente revelou ao público o gênio da artista. Desde então, Camille Claudel tem sido reverenciada como uma das grandes escultoras do século XX. E ainda que seja impossível dissociar seu nome do de Rodin (e vice-versa) a beleza e a força de sua obra se impõem por mérito próprio. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais puderam comprovar o talento da artista na grande retrospectiva "Camille Claudel" que esteve nessas cidades entre 1997 e 1998.

Oito anos depois, uma parcela significativa das obras da artista volta ao solo nacional, dessa vez para percorrer um circuito incomum para exposições deste tipo, geralmente realizadas no eixo Rio-São Paulo. Palmas, capital de Tocantins, é a primeira capital deste circuito que inclui, por ora, Curitiba, Belém, Manaus, Recife, Vitória e Belo Horizonte. 

Camille ficou só. O irmão Paul Claudel, poeta, viajara para os Estados Unidos e lhe faltava mais esse amparo. Passou a criar obsessivamente; percebia-se, contudo, que perdia a sanidade. O golpe final veio quando, durante uma exposição, não conseguiu vender nenhuma escultura. O fracasso, o álcool, e agora o descrédito, somados às suas muitas decepções, fizeram-na indignar-se a tal ponto que, em dado momento, destrói as peças que havia criado.
Espírito livre, Camille ousou tornar-se amante de Rodin, que a tomara como aluna, aos 19 anos. Vivem momentos felizes, revelados em obras como "A Valsa", por exemplo. Ela não resiste, porém, à separação de ambos após 15 anos de relacionamento. Só e infeliz, a partir de 1898, começa a ter seus primeiros delírios. Oito anos depois, boicotada por Rodin e com problemas financeiros, piora e acaba por ser internada em um hospital para doentes mentais. Ali, sem nunca ter recebido a visita da mãe, permanece por 30 anos, até sua morte, em 1943, aos 79 anos.


agradecimentos à amiga Angela Soares

Ame seu trabalho antes que outro o faça

Amor é a Chave!

Amor ao trabalho não é apenas uma "raríssima e maravilhosa qualidade profissional pessoal", não, isto é essencial para toda a nossa sociedade e para o nosso bem-estar geral. O local de trabalho é o lugar onde passamos a maior parte do nosso tempo quando acordados, e as pessoas que odeiam seus empregos no mundo inteiro se constituem na causa cabal da desaceleração econômica. Se nós todos usássemos nossos talentos para servir a humanidade (e todos nós temos esses talentos!), não haveria desemprego e nem doenças relacionadas ao estresse.


Através de uma amiga do Forbes tomei conhecimento de uma de uma mulher que ganha a
vida arrancando sobrancelhas. Simplesmente isto. Mais nada - apenas arranca as sobrancelhas. Com sede em Nova York, esta mulher é tão incrível que se tornou a “arrancadora de sobrancelhas das celebridades”. Pessoas fazem fila para dispor de seus serviços profissionais!

Observe, se alguém que ama o que faz consegue viver (e viver, não apenas “sobreviver”) de arrancar sobrancelhas dos outros, podemos dizer que não há limite para o que você, com seus talentos pode fazer para vencer na vida!

Vamos relembrar nosso velho e querido amigo Albert?

Eu me refiro ao Dr. Schweitzer, especialista em servir bem a nossa humanidade. Eles nos concede o supremo segredo:



"Sucesso não é a chave para a felicidade. A felicidade é a chave para o sucesso.Se você ama o que você está fazendo, você será bem sucedido. "


Ontem fui buscar minha esposa na pedicuri. Enquanto eu a esperava, percebi a dedicação com que aquela senhora de origem oriental realizava o seu trabalho e praticamente me senti quase invejando o esmero ali dedicado.

Depois eu assisti à paixão com que ela limpou, poliu e pintou as unhas e aquilo fez cair a ficha, pois compreendi que seguramente, este era o segredo daquela senhora ser a dona não de uma, mas de uma dúzia de salões de beleza dedicados ao conforto de mãos e pés... o cuidado do dono, ou no caso, da dona, faz toda a diferença. E mesmo podendo ser apenas uma gerenciadora, o gosto por fazer bem feito a impedia de deixar de ser apaixonada pelo que faz, continuando a atender a clientela mais seleta.

Lhes digo...simplesmente emocionante.

Voltando ao que vale a pena, lhes digo que é incrivelmente agradável a gente até viajar para ser atendido por alguém que valha cada centavo do que investimos. Ali a gente entende que o dinheiro não compra o gosto, o prazer de fazer as coisas bem feitas...por amor.

Eu acredito que quando a gente tem um certo nível de rendimentos, deva terceirizar os trabalhos, repassar para aqueles que podem realizá-los com melhor desempenho de tempo do que a gente. Mas escolher os melhores não é suficiente - eles precisam amar o que fazem. Nesta fase, vamos buscar descobrir se eles realmente amam o que fazem, ou se usam o trabalho só para ganhar dinheiro. Nas milhares de enquetes que já fizemos, podemos declarar o segredo:


Perdedores não trabalham nos domingos e feriados. 


Desde office boys, secretárias, atendentes de call center, monitores e candidatos a gerencias e diretorias...os perfis são sempre iguais: perdedores desligam o celular e deixam a empresa morrer se for o caso, mas nunca se esquecem de seu próprio prazer... contam os dias como sufocos... e fazem aquelas piadinhas da sexta feira e da segunda.

É a síndrome mundial do funcionário mal amado... por si mesmo mal amado.



Perdedores crônicos...mal sabem eles que "o cara que está de visita" não é nada mais nada menos que o "investigador de humores"... o sujeito que vai anotar o que precisa para dizer quem sobe e quem desce...e alguns descem para fora do trem.

Minha função é sentir se eles amam seu trabalho ou se trabalhar é apenas um sacrifício a ser feito, sem prazer, com morbidez e desgosto crônicos. Está certo, tem dias que eu até tenho vontade de parar com tudo, porque o momento em que vou na empresa ou mando alguém da minha equipe ir e ficar lá, e sentimos a presença de um(a) miserável fazendo seu trabalho, confesso que isto gera náuseas.

Tenho pena do patrão e tenho pena do(a) miserável. O patrão perde ganhos enquanto o(a) miserável desgraça a sua vida e a dos demais.

Por vezes fazemos o teste secreto do cliente. E eu me coloco como tal e sinto todo o mal estar de seus clientes.

Eu tento sair da situação, considero todas as possibilidades para aquela pessoa se superar.

Por exemplo, em um supermercado onde fui contratado para gerar consultoria, havia uma pilha de ventiladores embalados. Era um lote novo e as caixas estavam seladas. Não havia nenhum ventilador aberto, montado, para mostrar sua potência e design ao vivo.
Então, eu pedi ao vendedor que me ajudasse, pois eu lhe disse que se gostasse, levaria 3 ventiladores.
Mas o primeiro vendedor disse que eu deveria abrir o produto em casa...eles eram vendidos daquele jeito mesmo e ele “não tinha autorização” de me mostrar como era o funcionamento deles. E simplesmente foi embora me deixando ali, com as caixas fechadas dos ventiladores.
Pedi então para falar com seu supervisor imediato.

E a moça repetiu a ladainha, mas foi mais cortês do que o rapaz. Pediu desculpas mas também se eximiu de me mostrar como eram “de fato” os tais ventiladores.
Percebendo que ela também não estava interessada em solucionar e me ter como cliente, insisti que eu conhecia bons mercados e que aquilo estava errado.

Pedi uma solução e ela foi chamar o chefe de setor. Este por sua vez disse que “não estava autorizado” a montar os ditos ventiladores, mas, pediu para eu aguardar que iria chamar o gerente e resolveriam o caso.
Depois de 30 minutos tentando ver os ventiladores, finalmente apareceu o gerente.
Muito solícito, pediu desculpas e logo abriu uma das caixas e mostrou como era o equipamento, destacando mais dois funcionários para montar os equipamentos e mostrar seu funcionamento... e fizemos a venda.

Fica óbvio que o primeiro funcionário poderia ser melhor instruído, pois não se manda o cliente ir “abrir o produto em casa”. Este funcionário, ademais, demonstrou interesse “em se livrar do cliente”, não “em fazer o cliente se sentir bem”.

Também fica óbvio que o gerente, apesar de ser muito solícito, não repassa as ordens e está sobrecarregado com as funções de compra e venda... E fica óbvio que ou a moça ou o chefe de setor, estão em um cargo burocrático excessivo, pois 1 pessoa bem treinada resolveria a questão. Neste caso, um dos dois precisaria ser remanejado para outra função ou outra loja da rede.

No todo, 2 destas pessoas estão com votos de amor incompletos, no caso o vendedor e a supervisora. O cliente nunca deve solicitar a vinda do superior. Isto é função do funcionário que AMA A EMPRESA (ama seu trabalho e sabe que o cliente é chave do sucesso).
Se eu fosse mais impaciente, seria apenas mais um cliente perdido e, portanto, a situação teria significado menos dinheiro para a empresa. O prejuízo observe, não iria se limitar aos 3 ventiladores, mas muito além disto. O mercado iria perder a chance de ter um cliente satisfeito gerando perdas enormes, porque um único cliente pode comprar dezenas de milhares de reais ao longo de sua fidelização(multiplicados pelo número de clientes insatisfeitos que esta dupla iria gerar, calcule!). E isto tudo devido a 2 funcionários que não se decidiram pelo seu próprio melhor.


Eu creio que este é um custo muito elevado para uma marca, considerando que estes funcionários atendem centenas de pessoas todos meses.

O treinamento por si só não ajuda aqui. Duas pessoas podem fazer exatamente o mesmo trabalho e dizer exatamente as mesmas palavras – se o cliente sentir que eles amam o que fazem, ele aguardará e fechará negócio...mas o “feeling” de uma pessoa que só trabalha por obrigação não gera lucro, nem para o empregado, nem para o cliente e muito menos para o patrão.

O lucro real nasce a partir de pessoas apaixonadas pelo que fazem. Isto faz toda a diferença.

Agora você poderá argumentar que isto só é verdade para o cliente voltado para prestadores de serviços, mas acho que é verdade para todos. Seja ele de fundo de quintal ou da linha de frente, um único membro da equipe desmotivada não só é difícil de gerir, mas pode derrubar o moral de uma equipe inteira.

Empregados(as) miseráveis e mau amados(as) concedem aos outros a sensação de que o que estão fazendo é indigno e espalham um sentimento de vergonha entre aqueles que tentam ser apaixonados.

Você deve amar o seu trabalho para todos - para os seus clientes, fornecedores, parceiros, para a sua família e o mais importante: para você mesmo!

Não importa quão difícil tenha sido a sua formação, estamos todos sendo testados a novas e variadas experiências, novas oportunidades cotidianas para criarmos e recriarmos o nosso próprio destino.

Será que você realmente quer mostrar a seus filhos que está ok a gente ser infeliz no trabalho como um “carma”; e que ter o privilégio de estar vivo(a) é algo para ser tão vilmente desperdiçado?

Pense!

É improvável que este seja o tipo de modelo que você realmente deseje estimular na humanidade. 

Pense de novo!

É parte do jogo você querer incentivar aos demais a descobrirem seus talentos únicos, e mostrar a eles o poder dos impulsos de amor, paixão e um senso de propósito! Apaixone-se pelo que faz, descubra-se dentro de si mesmo(a)!





O que fazemos no emprego é basicamente o que fazemos com a semente de Amor de nossos relacionamentos.
O Amor é uma energia construída para ser pura, emocionante, cheia de aventuras!
Não é lá muito atraente a gente estar com alguém que passa todo o tempo reclamando sobre o que ele / ela faz para viver. Ter conteúdo, por outro lado é algo altamente atraente. Então, levante-se para ir ao seu trabalho e lembre-se:

Ame-o, mude-o ou deixe-o!


Autoria:  Prof Klein