Páginas

Revista Sort! Especial Lotofácil

Pesquisar este blog

domingo, 29 de junho de 2014

A falência do Banco do Brasil no ciclo de 2014

A falência do Banco do Brasil

·         Postado originalmete por Fraternidade Os Números do Poder em 25 maio 2011 às 23:18



·       


1828 - FALÊNCIA DO BANCO DO BRASIL 

Em Portugal, o primeiro a compreender as vastas possibilidades de extrair vantagens para o Estado através dos mecanismos de crédito bancário, foi o italiano Domingos Vandelli, que lecionara filosofia em Coimbra, a convite do marquês de Pombal. Lançada a semente, ela viria germinar em solo brasileiro em decorrência da transmigração da monarquia. Dom Rodrigo de Sousa Coutinho, um ilustrado típico, sugeriu em 1808 a fundação do Banco do Brasil, o qual teria por objetivo facilitar  "os meios e os recursos de que as rendas reais e as públicas necessitarem para ocorrer às despesas do Estado" (alvará de 12 de outubro de 1808). 

Instituído intencionalmente como organização comercial autônoma, o Banco contava com a captação de recursos privados para dar início às atividades. Suas ações, entretanto, foram dificilmente subscritas, vendo-se o governo na contingência de cumular os acionistas de favores para que, ao final de um ano, pudesse arrecadar a parcela mínima de capital necessário à sua instalação. As notas emitidas pelo banco circulavam no Rio de Janeiro e as suas emissões cobriam os déficits orçamentários provocados pela manutenção de uma corte numerosa e pela política externa expansionista de dom João VI. 

A instituição era ainda jovem quando, do exílio, o jornalista Hipólito da Costa (na ilustração) prenunciava: "O Real Erário muito tem exigido do Banco do Brasil obrigan-do-o a operações muito superiores às suas forças, pondo-o em circunstâncias de faltar a seu crédito". O favorecimento da monarquia atraía os subscritores, que estavam regionalmente assim distribuídos: do total de 1.380 ações negociadas, o Rio de Janeiro retinha 57%, na Bahia havia 15%, em Minas Gerais 8% e em São Paulo 5%. A degeneração das notas em papel-moeda inconversível não chegava a preocupar os acionistas, para os quais a situação do Banco era altamente rendosa. A distribuição de dividendos era generosa, pois estes eram calculados sobre os juros pagos pelo volume dos empréstimos concedidos, mais 5% sobre o fundo de reserva. 

Ora, o Estado era o maior cliente e solicitava sempre novas emissões para cobrir suas próprias necessidades e compromissos com o Banco, o que tornava fácil a política de agraciamento dos acionistas, em detrimento dos portadores das notas, isto é, do público em geral. Em 1817, o total dos descontos particulares montava apenas seiscentos mil réis, enquanto o Estado devia perto de sete mil contos de réis, o que bem traduz a política de desinteresse em oferecer crédito à iniciativa privada. A ampliação do raio de ação do Banco do Brasil com a autorização para organizar filiais em outras cidades do reino, deve ser entendida como uma procura de acionistas e clientes em regiões com potencial financeiro. Tanto é assim, que logo após haver entrado em funcionamento a Caixa de Descontos de Salvador, em 1818, foi regulamentada a filial de São Paulo, que iniciou as atividades em 1820. Ficava patenteado que na Bahia, mesmo tardiamente, o banco procurava participar da euforia dos preços do açúcar e, em São Paulo, alimentava certa expectativa no sentido de sorver os excedentes monetários metálicos.

A filial de Pernambuco não chegou a funcionar porque os revolucionários de 1817 queimaram as notas remetidas do Rio de Janeiro para dar início às operações da caixa. A monarquia pretendeu criar uma "carteira" do banco em Minas Gerais para a compra de ouro e prata através de bilhetes de emissão especial. Os mineiros não se deixaram enganar com essa operação e a "carteira" não teve movimento. "Era um plano organizado para desapossar Minas da circulação das reservas metálicas e trocar esse sangue pela água rala dos papéis impressos, sem nenhuma garantia", como disse Afonso Arinos. Com essas medidas, o governo pretendia aparelhar o banco para preparar o lastro da viagem de dom João VI a Lisboa. O público, pressentindo a manobra, apressou-se em converter as suas notas em ouro, mas encontrou a cavalaria nas portas do Banco para impedir o resgate. No Rio de Janeiro, na Bahia e em São Paulo, onde quer que circulassem os bilhetes do Banco, os metais preciosos desapareceram. O ouro se evadia no contrabando, na compra de escravos, nas importações britânicas. 

A volta de dom João VI a Portugal em 1821, levando consigo as reservas metálicas do Banco, legou uma situação financeira alarmante para o herdeiro do trono. Com um déficit superior a seis mil contos de réis, maior que seu capital e com um lastro metálico que cobria apenas 20% do valor nominal de suas notas, o Banco do Brasil tornou-se a instituição financeira de sustentação da Guerra de Independência. O primeiro ministro da Fazenda do novo reino, Martim Francisco, procurou garantir a sua solvabilidade utilizando-se de duas táticas: eliminar os impostos criados para sustentar a remuneração dos acionistas e proibir novas emissões, inclusive as destinadas ao pagamento dos dividendos. A desobediência a essas determinações foi flagrante e partiu do próprio Governo, que continuou a sacar contra o banco e acabou por afastar o ministro. 

Essas circunstâncias derivavam da incapacidade de a receita arrecadada cobrir as despesas públicas e assegurar os gastos militares na consolidação da Independência. A partir de 1824 a depreciação da moeda bancária se acentuou. O desempenho da instituição passou a ser questionado pela oposição tão logo o Congresso foi aberto. O antagonismo ao Banco do Brasil estava vinculado à luta contra o absolutismo que se exercia através da instituição que o financiava. A classe dominante de grandes proprietários e comerciantes, especialmente do Rio de Janeiro, era conivente com o Imperador e seu banco porque remunerava-se regiamente enquanto portadora das ações, na medida em que os juros dos empréstimos ao Tesouro eram contabilizados como lucro. Lesada por essa artimanha era a população, que a cada emissão via reduzir-se a capacidade de compra das notas em carteira, a mesma população que com o pagamento de impostos contribuía para o pagamento dos juros da dívida. 

Em 1828 o Banco estava contabilmente falido e o reconhecimento de sua falência implicava reconhecer a insolvabilidade do Tesouro Nacional. O ágio dos metais sobre as notas do Banco chegava a 100% quanto ao ouro, 40% quanto à prata e 12% quanto ao cobre. A oposição exigia a extinção imediata do Banco do Brasil. A monarquia desejava uma reestruturação que não matasse sua galinha dos ovos de papel. Demonstrando sua postura moderada, saiu vitoriosa do Parlamento a posição de liquidação gradual (lei de 23 de setembro de 1829).

Pouco tempo depois começaram a surgir críticas contra a liquidação do primeiro Banco do Brasil. Historiadores, até os nossos dias, são unânimes em opinar que a economia não podia prescindir de um instituto regulador do crédito e o Governo de um aparelho auxiliar da administração que servisse de apoio às finanças públicas e como elemento de equilíbrio do meio circulante.

Transcrito de: 
www.bb.com.br - História do BB 


Este texto também foi publicado em www.efecade.com.br, que o autor está construindo. Visite-o e deixe a sua opinião.

FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.


Sobre 1852, descobri que neste ano o governo decidiu "acabar" com o velho BB... 
em 1853 nasceria um novo banco... peripécias do tesouro nacional, observem:


1853 - O SEGUNDO BANCO DO BRASIL 

A tentativa de reorganização do Banco do Brasil, em 1833, fora um fracasso em

virtude das fraudes ocorridas durante a extinção do primeiro banco, que ficaram na

 memória dos investidores. A discussão sobre a conveniência de criar um novo Banco 

do Brasil tomou grande fôlego em 1853, depois das palavras de Dom Pedro 

II (ilustração) perante a Assembléia Legislativa: "Recomendo-vos a criação de um 

banco solidamente constituído, que dê atividade e expansão às operações do 

comércio e da indústria. Nas circunstâncias que já nos achamos, semelhante 

instituição é elemento indispensável de nossa organização econômica." 

O debate polarizou, de um lado, uma corrente que defendia a existência de um banco 

emissor único, respaldada pelo visconde de Itaboraí, e, de outro, uma corrente que 

sustentava a conveniência de coexistir uma pluralidade de bancos emissores 

localizados nos centros de circulação monetária regionais, baseada na leitura de 


Sousa Franco. O governo desejava impor seu poder de gestor da moeda, atribuindo a 

um banco o monopólio de emissão. 


A formação gradativa do Estado nacional, a partir de demonstrações sucessivas de 

força do poder central, não podia dispensar o controle monetário. Os banqueiros 

privados, entretanto, não estavam dispostos a se submeter facilmente à centralização 

na sua área de atuação. Era fundamental que a fusão dos dois maiores bancos 

cariocas, o Comercial do Rio de Janeiro e o Banco do Brasil, de Mauá, fosse 

promovida para criar o núcleo do novo Banco do Brasil. Das 150.000 ações que 


deveriam ser subscritas, 80.000 ficaram asseguradas pelo capital social desses 

bancos. Das restantes, 40.000 foram reservadas para os acionistas das caixas filiais 

nas províncias e 30.000 se destinavam ao lançamento junto ao público. 

Pela Lei nº. 638, de 5 de julho de 1853, foi criado o segundo Banco do Brasil. Suas

operações básicas seriam as de depósitos, descontos e emissão de notas. O 

presidente seria nomeado pelo Imperador dentre os acionistas que tivessem mais de 

50 ações. A emissão deveria ser inferior ao dobro do fundo de capital, a não ser que 

houvesse autorização especial do governo. 


O fantástico êxito no lançamento dessas ações no Rio de Janeiro emergiu, entretanto, 

das peculiaridades do momento histórico. A existência de capitais ociosos 

decorrentes da cessação do tráfico negreiro, ao lado de determinações do Código 

Comercial sobre a constituição de sociedades anônimas, atiçou o mercado. Os 

primeiros subscritores negociavam os certificados de compra de ações do segundo 

Banco do Brasil com larga margem de lucro no mercado secundário, dando 

continuidade à febre de Bolsa que começara com o lançamento de empresas no início 

da década. 

A fusão compulsória do Banco Comercial do Rio de Janeiro com o Banco do Brasil de 

Mauá desencadeou por outro lado uma reação de descontentamentos do setor 

financeiro privado com o governo. Uma cisão inicial dera origem ao Banco 

Hipotecário do Rio de Janeiro. 

Tirando partido das novas divergências entre os interesses dos 


empresários e os objetivos do Governo, Mauá organizou uma sociedade bancária 

com 

o nome Mauá Mac-Gregor & Cia. 

A primeira diretoria do Banco do Brasil procurou pôr em prática seu plano de guerra 

política monetária em âmbito nacional, tratando da instalação das caixas filiais nas 

províncias. Com exceção da de Ouro Preto (MG), as demais caixas resultaram da 

conversão das filiais do antigo Banco do Brasil de Mauá ou de bancos existentes nas 

províncias. No Rio Grande, as moedas de ouro e prata espanholas, que anteriormente 

circulavam, começaram a escassear, pelas mais óbvias razões (entesouramento, 

recolhimento do banco e do fisco ou acerto de contas com o comércio exterior) e 

estabeleceu-se um ágio, que variava de 4% a 10% na troca de moedas estrangeiras 

pelo papel-moeda do banco. 

A florescente província de São Paulo não podia deixar de merecer também a atenção 

especial do Banco do Brasil. A caixa filial paulista, entretanto, não atendeu às 

necessidades de financiamento para a expansão dos cafezais, caracterizando-se 

apenas como um estabelecimento de depósitos, afastando os clientes mais ativos - 

os comissários - por cobrarem taxas de desconto mais altas que as do Rio de 

Janeiro. 

Somente em 1856 começou a funcionar a caixa de Salvador, trazendo insatisfação 

para os acionistas, que se sentiram alijados do processo decisório, já que as 

determinações de condução do banco provinham do Rio de Janeiro. Também em 

1856, a caixa filial de Pernambuco iniciou suas atividades. A respeito das últimas 

caixas filiais a entrarem em funcionamento, a do Maranhão e do Pará, pouco se 

conhece. 

Gradativamente, os inconvenientes da intervenção direta do Banco do Brasil na vida 

econômica e financeira das diferentes áreas de circulação monetária foram ficando 

mais evidentes do que as projetadas vantagens do monopólio de que gozava. A 

intervenção do poder central se operava a partir de inferências que refletiam a vida 

financeira da corte, em detrimento das reais necessidades dos outros circuitos 

comerciais. 

Apenas quatro meses depois de instalado, o Banco solicitava autorização para emitir 

o dobro do fundo disponível, alegando uma afluência excessiva de notas para troca - 

provocada pelas remessas para o Nordeste - que, ao reduzir as garantias reais, 

rompia com a relação entre elas e a emissão. Em abril do ano seguinte a emissão 

ultrapassou até o novo limite autorizado e, desfalcado de metais para troco, o banco 

viu tremerem suas bases durante a crise de 1857. 


Transcrito de www.bb.com.br - História do BB

  •   
Comentário de Fraternidade Os Números do Poder em 27 maio 2011 às 16:12

Vamos "projetar" o ciclo "ruim" do BB, e disto, teremos dados sobre o panorama do 

tesouro nacional, observem e me ajudem a coletar os dados comprobatórios (a 

evolução cabalística nasceu de uma análise francesa do século 18):

1828

1847

1867

1889(!!!) alguém duvida do que aqui esta sendo demonstrado?

1915

1931

1945

1964 (!!!)

1984(!!!)

2006

2014

2021

2026


...


Este é o ciclo estabelecido a partir da "falência" do BB. 


Curiosamente, este ciclo assinala os anos "revolucionários" do Brasil...incluindo 2006 

com a reeleição de Lula.

Agora, observem o ciclo "estatal" para comparar o que seria presumível para a causa 

do déficit público (a Cabala não mente...):

1808

1825

1841

1855

1874

1894

1916

1943

1960 (inauguração de Brasilia...sacos de cimento foram transportados de avião!)

1967

1990 (Collor)

2009 (o que deixamos de ver???)

2020


Ok, terá gente dizendo que o ciclo real é de 1822... e eis a falácia, este ano integra o 

ciclo dos Bragança no Brasil. Não tem nada, nada mesmo, a ver com a 

gente...observem:

1822 tomada do poder

1835 abdicação inconsequente, o autor volta para Portugal para "segurar o dinheiro 

da familia"

1852 (? alguém se habilita?)

1868 (problemas de caserna, guerra do Paraguay...intrigas da oposição)

1891 (morte de D. Pedro II, fim do ciclo dos Bragança no Brasil)





pra concluir...vamos projetar 1857, o ano em que a "base tremeu"


1857

1878

1902

1913

1927

1946

1966

1988

2014


e estamos no ano onde os ciclos se encontram...

o que você acha que vai acontecer???


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por comentar. Aproveite para nos seguir no twitter clubloterias ! w app 48 98868 9770 www.clubedasloterias.com para comentar inscreva-se grátis em nosso blog!

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.